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Este artigo trata-se de um release do episódio #09 do CoBlueCast, sobre: “O que é growth hacking e o conceito de personalização”, com a participação de Felipe Spina, head of Growth e sócio do Distrito.
Escute o episódio completo abaixo:
Neste episódio do CoBlueCast, convidamos o sócio e head of growth do Distrito, Felipe Spina, premiado profissional de marketing digital, pela categoria mídia da ABRADI-SP e autor do livro “Personalização: Quem fala com todos não fala com ninguém”.
Gustavo Ramos, CRO da CoBlue, explora ao lado do Felipe, a importância e conceito da personalização e estratégias de growth hacking, conhecidos – quando bem trabalhados – aceleradores de crescimento.
O conceito de Growth Hacking
Iniciando o bate-papo, Gustavo convida o Felipe para explicar o conceito do growth hacking, descrevendo um pouco como funciona sua aplicação.
Growth Hacking é um termo cunhado por Sean Ellis e Morgan Brown no seu famoso livro “Hacking Growth: a Estratégia de Marketing Inovadora das Empresas de Crescimento Mais Rápido” (Alta Books, 2018).
Felipe conceitualiza melhor o growth com o seguinte comentário: “É uma área transversal. A ideia de onde surgiu o growth, foi sair do tradicional.”, explicando em seguida que o foco do growth hacking é encontrar maneiras de crescimento através de canais de melhorias.
Resumidamente, trata-se de ações que busca atender ao cenário de constante desenvolvimento do negócio, criando um ciclo de aprendizagem contínuo. Como descrito por Gustavo no podcast: “errando rápido, para poder acertar rápido”.
Aplicando o Growth Hacking na prática
Durante a conversa, Felipe explicou que para começar a trabalhar com growth hacking, é preciso ter uma métrica norte, a conhecida “estrela guia”.
“A métrica norte nunca é a receita da empresa. são coisas que levam a receita da empresa.” Felipe Spina.
Assim que esclareceu de maneira resumida, o que era a métrica norte, Felipe contou um pouco sobre o case das conhecidas empresas multinacionais, Uber e Facebook:
“No Uber, a métrica norte é o número de corridas. Se eles querem determinar o market share de mercado, será o número de motorista. Por que se eu tenho mais motorista que o 99, terei mais usuários, concorda? A pessoa tem mais chance de chamar o Uber do que o concorrente. Afinal, terão mais motoristas!”
Ao citar o exemplo da Facebook, Felipe explicou que a métrica norte da empresa americana, é o usuário único, “tendo muitos usuários, a plataforma terá mais publicidade, assim mais pessoas vão clicar nos anúncios, gerando receita para a empresa.”
Felipe continua seu pensamento, realçando que após definir a métrica norte da empresa, o foco será trabalhar encima dos experimentos. “O mais importante é definir quais serão as priorização dos testes, o que vão resolver e quais testes irão tocar.”.
O Conceito de Personalização
Após conversarem sobre Growth Hacking, Gustavo convidou o Felipe para falar do tema do seu livro “Personalização”, o questionando sobre a importância do conceito.
Felipe iniciou relatando que começou a escrever o livro enquanto trabalhava na empresa catarinense RD Station, segundo ele, tudo começou quando sentiu a necessidade de criar um material de comunicação diferenciado.
“Estávamos com 12.000 clientes na época. Tinha time de futebol, sexy shop, escritório de advocacia… E a comunicação era a mesma.”, Felipe continuou explicando que um escritório de advocacia, não conseguiria se identificar com um estudo de caso de um sexy shop, era preciso mudar!
De acordo com ele esse foi o ponto que o fez trabalhar em uma comunicação personalizada. A ideia era, como explicado pelo próprio Felipe: “falar para um escritório de advocacia, que um outro escritório, com os mesmos problemas, conseguiu resolver um problema através de um software”.
Durante o bate papo, Felipe também lembrou da Netflix e Spotify, duas empresas que trabalham com a personalização, criando uma comunicação diferenciada, gerada através da experiência dos usuários na plataforma
Como citado por ele, a Netflix avisa ao usuário sobre lançamentos de filmes e séries que trazem um estilo semelhante com o que o usuário costuma assistir, da mesma forma que indica conteúdos já existentes na plataforma. Já o Spotify, cria uma seleção de músicas mais escutadas todo final do ano.
Felipe explica que essas estratégias de personalização são construídas, justamente para manter o usuário ativo na plataforma. “Quanto maior o tempo em que a pessoa fica no Netflix, é sinal que o cara não vai cancelar a assinatura.”, detalha.
“Vamos utilizar aquela analogia: é como se você escrevesse uma carta para alguém.”, descreve Felipe, ao definir a partir de uma analogia, um pouco mais sobre o que é a personalização, e sua importância.
Como a inteligência Artificial auxilia na Personalização
Finalizando o bate papo, Gustavo pergunta a Felipe o que ele acha sobre essa relação entre a inteligência artificial e a personalização. Felipe responde afirmando que percebe que a inteligência artificial já está sendo utilizada e que o seu uso será cada vez mais efetivo.
Durante a conversa, Felipe deixa um alerta aos profissionais de marketing, afirmando que o problema do uso da inteligência artificial na comunicação, é assustar ao invés de ajudar na conversão, é preciso tomar cuidado para não fazer abordagens muito evasivas.
Como exemplo, citou o Facebook, empresa já processada por problemas na privacidade do usuário em sua plataforma. O empresário concluiu sua fala, explicando que hoje o foco é solucionar problemas e criar experiências únicas. Isso é o que vale, é o que deve permanecer.
Sobre o CoBlueCast
O CoBlueCast é o podcast da CoBlue sobre gestão e liderança. Sempre com convidados especiais, repleto de conteúdos e insights relevantes para inspirar líderes e gestores.
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