Solicite uma demonstração

Product Owner: o que é, sua relação com o OKR e muito mais

Tempo de leitura: 10 minutos

Com o crescimento exponencial da tecnologia e o grande volume de empresas focadas em produtos digitais, surgiu um papel específico no mercado: o Product Owner (conhecido também como PO) ou, em tradução literal para o português, o Dono do Produto.

Com ele, vieram inúmeras oportunidades para quem procura migrar para a área de produto e projetos e também muitas dúvidas sobre as suas atribuições.

Se o assunto também desperta a sua curiosidade, nos acompanhe neste artigo onde falamos sobre esse papel popular e bastante desejado pelo mercado.

Navegue pelo conteúdo:

O que é o Product Owner?

É possível dizer que termo se refere mais a um papel (temporário ou não) do que a um cargo específico, já que vários profissionais diferentes podem se tornar um PO.

Ele surgiu a partir do framework Scrum, que é uma metodologia para gerenciamento de projetos focada em trazer mais agilidade e eficiência aos seus processos.

Ela é feita por meio de Sprints (pequenos ciclos de atividades que têm reuniões frequentes de alinhamento) e sua estrutura conta com outros dois papéis além do PO, que são o Scrum Master e o Scrum Team.

tabela demonstrando os papéis e grups do Scrum no artigo Product Owner

De forma resumida, ser um PO é ser responsável por agregar valor ao negócio através do produto, representando os interesses de stakeholders.

Mas apesar de ter nascido como um papel focado em produto, também é possível encontrar no mercado POs focados em projetos (podemos chamar de “Project Owners”).

Nesse caso, o papel têm como base os mesmos princípios e finalidade do contexto de produto, mas a atuação não está diretamente relacionada à equipe de desenvolvimento de produto. 

-> Caso queira saber mais sobre a metodologia Scrum, aqui vão algumas dicas de livros:

O que um Product Owner faz?

Como vimos acima e o próprio nome já diz, o PO é o responsável pelo produto (ou projetos, em alguns contextos) com funções ligadas ao seu desenvolvimento.

Entre as principais, estão:

  • A priorização e ajustes de funcionalidade do produto/projeto de acordo com o valor de negócio;
  • A definição, refinamento e compartilhamento do backlog (lista de tarefas) do produto/projeto com a equipe;
  • O planejamento e execução das sprints;
  • Análise, mensuração e aprovação dos resultados trazidos pela equipe

Um PO pode também ser um desenvolvedor, mas não precisa necessariamente ter essa competência. Para se tornar um, o pré-requisito é se preparar para as atribuições listadas acima e aprimorar as habilidades exigidas por esse papel.

Quais habilidades um Product Owner deve ter?

Apesar de ser uma posição que pode ser ocupada por profissionais com diferentes formações e experiências, existem habilidades comportamentais e técnicas indispensáveis para ser um bom PO. São elas:

Boa comunicação

Como vimos até aqui, o PO é alguém que coordena as atividades de um time de desenvolvimento e lidera suas entregas. Saber se comunicar com clareza, empatia e transparência é algo fundamental para que os processos sejam eficientes.

Comprometimento

Como guia do backlog, o Product Owner deve ser o exemplo do compromisso com a execução das tarefas presentes nele, transmitindo confiança e motivando a equipe. 

Organização

Coordenar entregas e prazos lidando com fatores abstratos e alguns imprevistos é algo que faz parte da rotina de um PO. Para obter resultados de sucesso, é necessário saber priorizar e manter a organização individual e coletiva. Caso contrário, os atritos, falhas e atrasos (e seus consequentes prejuízos) se tornam recorrentes.

Visão ampla

Como também vimos, esse papel está diretamente ligado à tomada de decisões.

Logo, é fundamental ter uma visão macro que considere fatores técnicos e organizacionais, capaz escolher o melhor caminho dentre as muitas opções.

Capacidade de negociação

No contexto do PO, é muito comum existirem momentos em que as partes envolvidas com o produto tenham interesses divergentes. 

Para manter as prioridades organizadas, mesmo diante de demandas inesperadas, é preciso saber argumentar e negociar.

Algo que, nesse caso, não se trata apenas de saber expor seu ponto de vista, mas sim de defender os interesses centrais com embasamento (métricas, pesquisas, prazos).

Domínio de metodologias ágeis

Velocidade é um dos pilares para garantir o sucesso do desenvolvimento de um produto/projeto. Logo, saber utilizar metodologias ágeis de gestão é uma habilidade essencial para um Product Owner.

Métodos e ferramentas que um PO precisa ter

Como a própria origem desse papel nos mostra, o conhecimento das metodologias ágeis de gestão é algo crucial para ser um PO.

Não por acaso, o domínio de métodos desse tipo é listado como uma habilidade técnica fundamental nesse contexto.

Além disso, ter ferramentas que dêem suporte a tais métodos também é algo essencial para facilitar e otimizar as atividades de um Product Owner.

Veja mais abaixo.

Métodos que são aliados de um PO

Mesmo sendo um papel que nasceu com a metodologia Scrum, existe outro framework que é um importante aliado do PO: o OKR.

-> Saiba mais sobre a metodologia OKR clicando aqui.

Embora existam diversos aspectos distintos entre essas metodologias, ambas têm o mesmo objetivo: entregar valor ao cliente através de uma gestão mais ágil, efetiva e focada em resultados.

Veja abaixo um pequeno resumo comparativo:

tabela demonstrando as diferenças entre OKR e Scrum no artigo Product Owner

Como o OKR é uma ferramenta essencial para facilitar a comunicação e o alinhamento das equipes, ela auxilia o PO a garantir que o objetivo final das ações e seus resultados-chave sejam claro para todos, trazendo mais transparência, foco e efetividade para os processos.

Afinal, apesar do escopo do projeto já considerar seu objetivo e os indicadores que comprovam sua entrega/sucesso, é comum existirem diversos problemas relacionados ao fato de que tais informações:

  • nem sempre são colocadas no centro de todas as tarefas executadas pela equipe
  • geralmente não ficam claras para todos os envolvidos
  • podem se perder ao longo do tempo

Neste contexto, adotar o OKR é algo fundamental para evitar isso e viabilizar que a atuação de todos permaneça focada em resultados.

Ferramentas que são aliadas de um PO

Outro ponto que vale destacar é que, além da metodologia em si, é importante que um PO tenha boas ferramentas para executar seu trabalho.

Isso porque ele precisa tornar seu planejamento tangível e organizado.

Tanto no trabalho individual quanto no coletivo, a clareza na visualização e comunicação dos objetivos, etapas e tarefas é fundamental para garantir um bom ritmo de trabalho e bons resultados.

Mas não há como esperar que apenas os acordos verbais em reuniões tragam essa clareza e entendimento, certo?

Com a quantidade de informações que um PO lida constantemente, é fundamental que existam ferramentas para registro e gestão de dados.

No tópico abaixo explicamos como os nossos POs conseguem elevar a produtividade combinando os métodos do Scrum e OKR aqui na CoBlue e como as nossas ferramentas o auxiliam neste processo. Acompanhe:

O trabalho de um PO com o OKR na CoBlue

Vimos anteriormente que, apesar de ter nascido como um papel focado em produto, também é possível encontrar no mercado o PO de projetos.

Nesse caso ele não está, necessariamente, ligado à equipe de desenvolvimento de forma direta.

Na CoBlue, por exemplo, os times são divididos em Squads multidisciplinares, cada um com seu PO.

Todos os Product Owners e seus times atuam orientados por OKRs diretamente ligados ao objetivo central da empresa e, no caso do produto, adotam também os rituais de Scrum.

Para garantir a visualização mais detalhada e o acompanhamento que se faz necessário para garantir os resultados, a ferramenta também possui um recurso capaz de conectar todas as iniciativas (tarefas) individuais a algum resultado-chave.

Dessa forma, fica muito mais fácil para cada PO garantir que sua equipe esteja colocando esforço para entregar tarefas que gerem resultado.

Além disso, a visualização de quais tarefas estão recebendo atenção da equipe, o acompanhamento do progresso e também o registro das ações é mais efetivo. 

Em um contexto mais amplo, onde existem inúmeros resultados-chave com centenas de atividades relacionadas (muitas vezes envolvendo times diferentes), fica ainda mais fácil entender o benefício do uso da Plataforma CoBlue, não é mesmo?

Principalmente quando consideramos a relação do PO com outro cargo em posição de gerenciamento: o de Product Manager.

A diferença entre um Product Owner e um Product Manager

Avaliando superficialmente, o Product Manager (PM), ou Gerente de Produto, pode parecer apenas um outro nome para a mesma função do PO.

Mas apesar das muitas similaridades que causam essa confusão, há uma diferença fundamental: o tamanho do escopo de trabalho e as responsabilidades.

Enquanto o  Product Owner geralmente fica mais próximo do time de desenvolvimento, traduzindo as necessidades do cliente e coordenando a operação tática de criação e aprimoramento do produto (planejamento, alinhamento, entregas) o Product Manager é um cargo que atua de forma mais abrangente, com mais responsabilidades e olhos voltados para o negócio.

De forma resumida, o cargo de Product Manager pode ser entendido como uma evolução do papel de PO, que exige mais visão estratégica do mercado e suas necessidades, e comunicação com outros times-chave para a sobrevivência do negócio (como o de marketing, por exemplo). 

Na prática, ambos coexistem e trabalham lado a lado de forma estratégica.

Logo, ter todas as iniciativas estrategicamente alinhadas e já registradas em uma mesma ferramenta, como a CoBlue, faz com que a comunicação seja mais eficiente e ágil entre eles, trazendo ainda mais benefícios a todos. 

A importância de um PO no mercado

Não é novidade que o setor da tecnologia é um dos que continua crescendo exponencialmente e que frentes de trabalho focadas em projetos são cada vez mais comuns, certo?

Logo, o aumento da demanda por profissionais que dominem competências técnicas relacionadas ao papel de Product Owner se torna natural.

É possível dizer que, apenas esse aspecto já faz com que a valorização de empresas por POs eficientes seja compreensível.

Mas é bom destacar que a combinação de competências que mencionamos antes, talvez sejam as responsáveis por tornar profissionais aptos a esse papel tão desejados atualmente.

Afinal, qual empresa não quer ter pessoas capazes de organizar e analisar todas as etapas de um projeto, que saibam priorizar ações e que foquem sempre em melhorar resultados? 

Agora, conta pra gente: sua empresa tem POs? Eles já trabalham com o auxílio da metodologia OKR?

Você também pode gostar destes conteúdos:

👉 Daily Scrum: como fazer e qual a sua importância?

👉 Produtividade: 10 dicas para elevar a produtividade na empresa

Compartilhe esse artigo!
Deixe um comentário: