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Como adaptar sua empresa em um cenário imprevisível

Tempo de leitura: 7 minutos

Este artigo trata-se de um release do episódio #05 do CoBlueCast, sobre “Como se adaptar em um cenário imprevisível” com a participação de Ricardo Guimarães, presidente da Thymu.

Escute o episódio completo abaixo:

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Os impactos da crise no ambiente corporativo foram extensos e continuam em um ritmo incerto.  Em vista disso, convidamos Ricardo Guimarães, presidente da Thymus UPFRAMING® desde 1998.

Ricardo é co-autor dos livros: “Gestão Integrada dos Ativos Intangíveis” e “Liderança Baseada em Valores – caminhos para a ação em cenários complexos e imprevisíveis”.

Ricardo teve a oportunidade de acompanhar ativamente grandes mudanças do mercado e hoje compartilha ao nosso lado, seus principais conhecimentos sobre gestão de negócios.

O bate-papo foi conduzido por George Eich, CEO da CoBlue, sobre o tema: Como se Adaptar a um Cenário Imprevisível, onde foi discutido a importância da ágil adaptabilidade, característica necessária  no atual mercado.

A nova gestão das empresas no mundo globalizado

“O mercado não era combinado com essa tecnologia, o mercado não era globalizado. Era simples, previsível, controlável.”

Ricardo Guimarães, Thymus

A frase foi dita por Ricardo, após ser questionado por George sobre como as empresas poderiam se preparar para “surfar” nesse mundo onde as tecnologias são exponenciais e os mercados imprevisíveis.

Ricardo Guimarães Contexto de Mundo - YouTube thymus branding como se adaptar em um cenário imprevisível coblue
Trecho do vídeo “Contexto do Mundo” da Thymus com Ricardo Guimarães.

De acordo com Ricardo, tudo era diferente, não vivíamos em um ambiente globalizado, as mudanças (quando ocorriam), poderiam ser previsíveis.

“Isso proporcionava uma margem muito grande, uma folga entre as partes de um sistema, para que ele pudesse negociar internamente, e com isso, se adaptar ao cenário externo.”, explicou.

O que era necessário fazer para ter sucesso no futuro, estava manualizado. Não era preciso pensar. Para crescer profissionalmente, o mercado cobrava apenas “mais do mesmo”, e claro, de preferência com agilidade.

Essa característica é muito perceptível também na educação, que como citado por Ricardo: “ensinava você a obedecer”

Ricardo complementa ao dizer que muitas pessoas ainda não entenderam a diferença entre ”colaborador” e “funcionário”.

“A gente precisa redefinir bem as palavras. As pessoas são muito levianas com as palavras. (…) Por exemplo: ‘colaborador’, não entenderam que era uma cultura de colaboração e apenas trocaram o nome.”

Ricardo Guimarães, Thymus

No passado, inovar era risco!

Ricardo explica que no passado era proibido inovar. Segundo ele, inovar era risco, e essa certeza de que o futuro é igual ao passado, deu total poder as melhores práticas do passado.

Afirmando também que agora com as crises, essas mudanças que já se mostravam necessárias, tornaram-se urgentes.

A grande adesão do trabalho remoto, conhecido também como “Home Office”, é exemplo disso. “Não temos essa coisa de ‘a partir do mês que vez vamos fazer diferente’”, explicou Ricardo. Todos precisaram se adaptar com urgência.

“A adaptação sempre vai buscar fazer você sobreviver de acordo com as dinâmicas do ambiente, e isso vai impor na organização a eficiência.”

Ricardo Guimarães, Thymus

As principais competências necessárias para um cenário imprevisível

Desta vez, quem questiona é o Ricardo, ao perguntar para o George: “Quem consegue fazer uma previsão segura do mercado hoje?”. “Ninguém.”, responde George, rapidamente. 

Ricardo logo conclui seu pensamento, afirmando que o novo planejamento estratégico foi uma evolução do orçamento.

“Antigamente o plano era simplesmente atualizar o orçamento do ano anterior. Não existia a necessidade de você considerar 03 ou 04 alternativas de estratégia em função de variáveis que não controlamos. Não existia isso! Era o futuro igual o passado. Só atualizava o negócio.”.

Segundo Ricardo, para criar uma formulação estratégica hoje, é preciso fazer um exercício com os colaboradores. Explica que é necessário fazer a leitura de cenário, com a própria equipe.

“É a equipe que vai executar a estratégia, é a equipe que tem que planejar.”, detalha e logo conclui: “É importante para que eles sejam proprietários das premissas do plano. É isso que vai entregar a autonomia.”.

Para concluir, Ricardo explica que através da formulação estratégica, o gestor irá eleger as competências necessárias para dar conta dos desafios futuros da empresa.

“Essas competências, utilizam várias atividades de diferentes áreas, ela não será uma competência de uma área. São apoios de várias áreas e de diversos níveis dos mais tangíveis aos mais intangíveis que vão concorrer juntos para formar uma competência. (…) Essa competência terá um proposito com relação ao proposito da companhia no futuro ”.

Superando a verticalidade dos modelos de gestão

Através da competência, você irá começar a criar uma linguagem sistêmica de tal maneira que qualquer pessoa que esteja naquela dinâmica empresarial, perceberá que sozinha não vai conseguir fazer nada.

“Não é mais aquela verticalidade que dava muita segurança onde você só tinha que obedecer ao chefe, não precisava pensar.”, afirma.

Ricardo ainda ressalta que a antiga verticalidade é substituída em boa parte, não totalmente.

“A verticalidade também tem o seu valor. Mas ela começa a ter a horizontalidade, você começa a ter conjuntos de responsabilidades compartilhadas que entregam uma competência que irá enfrentar aquele desafio.” Explica.

O papel do RH estratégico em um cenário imprevisível

O CoBlueCast, é finalizado quando George questiona um pouco sobre o trabalho conjunto, a importância do Recursos Humanos (RH) e começar a mudar para se envolver em todas as áreas, buscando focar no coletivo. O assunto foi conduzido trazendo a atual necessidade de trabalhar através de um RH estratégico.

Mais uma vez, voltando à importância de formar novos padrões dentro da empresa. Ou melhor, a quebra deles!

“Há uma cultura muito forte ainda do RH ser dividido entre estar gerenciando recursos ou gerenciando humanos.”, explica Ricardo.

Durante a conversa, Ricardo lembra que as empresas tinham coletivos muito disciplinados, competentes, inibidos, frouxos, com uma liderança forte, burocrática e bastante top down, trazendo a tona a necessidade de obter dentro de um mesmo coletivo a diversidade. 

“Na hora que o RH assumir esse extraordinário desafio de ter coletivos feitos de verdade para a diversidade, e que esse coletivo feito pela diversidade tem uma pensão vital fantástica, vamos ter o RH estratégico.”

Ricardo conclui afirmando que através dos coletivos construídos pela diversidade, a empresa alcançará o Rh estratégico e estará pronta para se adaptar ao cenário imprevisível.

Sobre o CoBlueCast

O CoBlueCast é o podcast da CoBue sobre gestão e liderança. Traz convidados especiais, repleto de conteúdos e insights relevantes para inspirar líderes e gestores.

A cada episódio, convidamos um profissional especialista em sua área, debatendo sobre os principais assuntos do momento. Você pode ouvir os episódios nas seguintes plataformas:

E o que você achou das provocações sobre como adaptar a sua empresa em um cenário imprevisível? Comente abaixo e vamos continuar essa conversa. 😉

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