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(Esse artigo foi escrito pelo nosso parceiro Luciano Menegasso, sócio e responsável pela área de Planejamento e Gestão Estratégica da C&S Projetos e Mercados. Conheça as soluções e serviços da C&S)
A ideia de que o profundo desejo de uma pessoa possa transformar a outra – Pygmalion Effect (Efeito Pigmaleão) – é a base deste artigo.
Exemplificaremos este efeito a partir de pesquisas científicas e correlacionaremos à nossa experiência na implementação de OKRs em diversas empresas.
A origem do Efeito Pigmaleão
Pygmalion foi um artesão da mitologia grega que esculpiu uma estátua de uma mulher, cuja beleza encantou-o de tal forma que o fez trazê-la à vida para então casar-se.
Segundo Robert Rosenthal (1985), quando esperamos certos comportamentos de outras pessoas, é provável que ajamos de maneira a aumentar a probabilidade do comportamento esperado.
O trabalho de Rosenthal e Lenore Jacobsen (1968), publicado no livro “Pygmalion in the Classroom Teacher Expectation and Pupils’ Intellectual Development”, mostra que as expectativas dos professores influenciam o desempenho dos alunos.
Expectativas positivas influenciam o desempenho positivamente, e expectativas negativas influenciam o desempenho negativamente.
A pesquisa original de Rosenthal e Jacobsen concentrou-se em um experimento em uma escola primária em que os alunos fizeram pré-testes de inteligência.
Rosenthal e Jacobsen então informaram os professores dos nomes de vinte por cento dos alunos da escola que apresentaram “um potencial incomum de crescimento intelectual” e que iriam se sobressair academicamente dentro de um ano.
Sem o conhecimento dos professores, esses alunos foram selecionados aleatoriamente, sem relação com o teste inicial.
Quando Rosenthal e Jacobson testaram os alunos oito meses depois, descobriram que os alunos selecionados aleatoriamente e apontaram como “prodígios” tiveram uma pontuação significativamente maior.
A relação com os OKRs
O que há muito tempo é reconhecido por professores e pesquisadores comportamentais no contexto acadêmico vale para o mundo corporativo:
“Expectativas de uma pessoa moldam o comportamento de outra pessoa”.
Neste contexto, quanto maior nossa expectativa em relação aos resultados de uma implementação de OKRs, melhor o desempenho das pessoas e do grupo, e é exatamente isto que temos observados em algumas empresas.
E por que “algumas empresas” e não todas? Certamente que todos tem grandes expectativas quando implementam OKR em suas empresas, porém é preciso dar condições para que isso aconteça, e infelizmente, nem todas estão atentas a isso ou conseguem colocar em prática.
Voltando à pesquisa científica de Rosenthal e Jacobsen, ambos perceberam que os professores estimularam muito mais os alunos tidos como “prodígios” em relação aos demais, ou seja, incentivaram, desafiaram, suportaram e cobraram, extraindo grande potencial daquelas crianças.
Analogamente, empresas precisam estabelecer um ambiente que incentive, suporte e demande por resultados desafiadores, pois o potencial que esta metodologia tem de elevar a empresa a um próximo nível é imenso.
Como o Efeito Pigmaleão pode melhorar a implantação dos OKRs
E como podemos criar um ambiente positivo como este na empresa? Sabemos da importância do comprometimento da diretoria executiva na implantação dos OKRs, porém isso é necessário, mas não suficiente.
Um dos principais aspectos que realmente faz o projeto criar “tração” na empresa está relacionado à qualidade dos OKRs definidos.
Tenho afirmado em vários momentos que a “reunião de OKRs precisa ser a reunião mais importante da empresa”, e isso somente irá acontecer se os objetivos e resultados-chave definidos forem verdadeiramente relevantes para estratégia do negócio e coerentes com suas necessidades e disponibilidades.
Gostamos de dizer que a metodologia de OKRs é um processo contínuo de geração incremental de valor ao longo dos ciclos, que somados irão mudar a trajetória o e desempenho da empresa de forma sustentável ao longo dos anos.
Para isso, precisamos de OKRs muito bem definidos, o que é um grande desafio para empresas, principalmente aquelas que implementam a metodologia pela primeira vez.
A questão aqui não é velocidade, mas sim qualidade e assertividade no que será o foco da empresa nos próximos meses.
Assim, sugerimos aos responsáveis pela condução dos OKRs nas organizações, uma reflexão contínua acerca dos principais direcionadores que, no seu contexto, farão com que a reunião de OKR seja a mais importante da empresa.
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