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Mortalidade das startups: como evitar erros mais comuns

Tempo de leitura: 6 minutos

Você já se perguntou qual o diferencial de Startups que funcionam para outra que não rende? Entenda nesse artigo um pouco mais sobre a mortalidade das startups e conheça os erros mais comuns.

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Segundo dados da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), 9 em cada 10 startups encerram suas atividades antes mesmo de seus negócios entrarem de fato no mercado.

E caso você ache que tudo gira em torno apenas do dinheiro, já vou deixar claro que: o dinheiro investido não é a única chave para o sucesso e estou aqui para te mostrar isso!

O que define uma empresa como startup?

Startup é uma empresa jovem com um modelo de negócios que pode se repetir e escalável, geralmente em um cenário de incertezas e soluções a serem desenvolvidas.

Uma outra definição muito famosa é do Eric Ries, auto de “A Startup Enxuta”, que define startups como “uma instituição projetada para criar um novo produto ou serviço sob condições de extrema incerteza.”

Embora não se limite apenas a negócios digitais, uma startup necessita de inovação para não ser considerada uma empresa de modelo tradicional.

Empreendedores costumam sonhar alto. Em um mundo com empesas que surgiram de forma fulminante, como E-bay, Amazon e Instagram, todos querem voar o mais rápido possível.

As histórias dessas empresas encantam os ouvidos mas não podem ser entendidas como regra. Por isso, se você está pensando em abrir uma startup, comece evitando os erros!

Tão importante quanto o caminho e os fatores para o sucesso é entender os motivos que levam ao fracasso. Todo paradigma traz suas fraquezas e analisar algumas dessas vulnerabilidades pode ajudar a compreender melhor esse sistema.

A temível mortalidade das startups

De acordo com um estudo realizado pela Startup Genome, mais de 90% das startups fracassam, principalmente por questões internas, como má gestão.

A falta de conhecimento referente à concorrência, mercado, público alvo, ou simplesmente ignorar a real necessidade e visão do cliente são outros pontos que levam ao fracasso do negócio e muitas vezes não estão no radar do gestor.

Vou deixar a dica de um site chamado Startup Graveyard, ou Cemitério das Startups em inglês. Lá você pode ver algumas startups que tiveram um crescimento notável, mas por diferentes motivos não estão mais entre nós!

Inclusive, dentro do site você consegue o motivo que levou cada uma dessas empresas ao fracasso. Elas são catalogadas pelo ramo de atuação, então pode ter um parâmetro ainda melhor para se localizar e pescar aquela dica preciosa.

O instituto CB Insights, que conta com grande base de dados referente a capital de risco, realizou uma pesquisa com 101 startups americanas que não deram certo e formulou uma lista “pós morte” com 20 erros que levam uma startup a fechar as portas.

O primeiro lugar ficou com a “falta de necessidade do mercado”. 42% dessas iniciativas não encontraram lugar no mercado por apresentar um produto ou serviço ao qual as pessoas não têm interesse ou não estão dispostas a pagar para usufruir.

A lista segue com “falta de dinheiro” para prosseguir com o projeto e “ter a equipe errada” devido à falta de experiência, conhecimento ou motivação dentro do time.

Como a cultura organizacional pode impactar na taxa de mortalidade das startups

Os professores James Baron e Michael Hannan, da Faculdade de Administração de Stanford, estudaram os tipos de cultura dentro das startups e suas taxas de eficiência.

Cultura de Astro

A primeira cultura observada, foi a Cultura de Astro. Nessas empresas, os executivos contratavam pessoas vindas de universidades de elite ou outras empresas de sucesso e davam aos funcionários muita autonomia.

Capitalistas de risco adoravam empresas do modelo astro porque o senso comum determinava que dar dinheiro à equipe titular era a aposta mais garantida.

Essa cultura teve alguns nomes entre os maiores sucessos da pesquisa, porém também teve número recorde em fracassos. Um dos grandes fatores para isso, é a briga de ego que ocorre quando todos querem o protagonismo.

Cultura de engenharia

A segunda cultura é a Cultura de Engenharia. Em empresas com culturas de engenharia, não havia muitos astros individuais, mas os engenheiros, como um grupo, tinham mais peso.

Segundo Baron, eles são jovens, ávidos e talvez sejam a próxima geração de astros depois de mostrarem seu valor, mas, por enquanto, estão concentrados em resolver problemas técnicos.

Cultura de burocracia e autocracia

A terceira e a quarta categorias de empresas incluíam as que eram estruturadas em torno de “burocracias” e as concebidas como “autocracias”.

No modelo burocrático, as culturas giravam em torno de quadros densos de gerentes intermediários. Executivos compunham enormes descrições de cargo, organogramas e manuais do funcionário.

Uma cultura autocrática é semelhante, exceto pelo fato de que todas as regras, as descrições de cargo e os organogramas refletem, em última instância, os desejos e objetivos de uma só pessoa, em geral o fundador ou presidente.

Ou seja, o modelo se assemelha. No modelo Burocrático, há uma hierarquia que aponta para vários focos de poder. Enquanto na autocrática, existe apenas uma voz que guia os funcionários em um plano geral..

Cultura de dedicação

Por último, gostaria de falar sobre a Cultura de Dedicação, apontada como a mais completa e promissora entre todas. Ela representa um retorno a uma época em que as pessoas ficavam satisfeitas de trabalhar para uma mesma empresa a vida inteira.

Empresas de dedicação eram mais hesitantes quanto a demitir pessoas. Com frequência, contratavam profissionais de RH enquanto outras start-ups estavam usando esses dólares preciosos para recrutar engenheiros ou vendedores.

Elas acreditam no desenvolvimento do colaborador, na criação de uma carreira dentro da empresa.

Os presidentes de dedicação acreditam que acertar a cultura é mais importante no começo do que desenvolver o melhor produto.

Nenhuma das empresas de dedicação do estudo deram errado. Nenhuma, o que por si só já é incrível.

Mas elas foram as primeiras empresas a abrir o capital, tinham o maior índice de rentabilidade e tendiam a ser mais enxutas, com menos gerentes intermediários, porque, quando os funcionários são selecionados com calma, é possível achar pessoas com ótimo senso de direção pessoal.

Dados do ecossistema brasileiro de startup

Nosso país conta cada vez mais com startups. De 2015 até 2019, o número de startups no país mais que triplicou, dando um salto de 207%. Destes números, 25% das startups não completam 1 ano e 50% não passam 4 anos de operação no mercado.

Então tome cuidado com suas decisões, avalie bem suas escolhas. Neste artigo, falamos sobre diversos aspectos que impactam na gestão do seu negócios e espero que juntos possamos diminuir a taxa de mortalidade tão absurda das startups no nosso país.

Agora que o caminho está mais claro, procure cada vez mais conteúdo referentes a gestão de desempenho e se aprimore para que possa fugir das estatísticas de mortalidade das startups!

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